Os treze porquês e as muitas lições

11:06

Helooooou, galera. Tudo bem com vocês?

Edit: a série tem classificação indicativa de 16 anos e apresenta cenas fortes, avalie sua estrutura em assisti-las.

Bom, o assunto de hoje está em mil sites, blogs e na boca do povo, a nova série original Netflix: "Os treze porquês". Eu não sei quantos de vocês assistiram, mas fiquem tranquilos, não darei spoilers, minha intenção com esse post é compartilhar com vocês algumas reflexões (porque foram muitas) que essa série me trouxe, e recomendar seriamente que assistam. Há tempos uma série não me desafiava tanto como pessoa, como cristã, como amiga, como humana.

A série conta a história de Hannah Baker, que cometeu suicídio e gravou 7 fitas com os 13 porquês que a motivaram a acabar com a própria vida. A história começa quando as fitas chegam em Clay, um dos porquês. Não tem nada de mágico ou fantasioso, a série é pura vida real, que retrata cyberbullying, assédio sexual e moral, difamação, autoaceitação, alcoolismo e depressão. "Nossa, Gabi, então deve ser muito triste". Na real, é sim, é triste, é desesperador, é confrontante. Algumas cenas são brutais, mas tão importantes que eu não consegui tirar os olhos da tela. Eu me senti impotente diante da injustiça que é uma vida acabar dessa maneira. A cada episódio eu pensava "eu não posso fazer nada pra impedir a morte dela" e, de fato, ninguém pode impedir que Hannah Baker se mate, mas você pode evitar que a história se repita.

A primeira lição que a série me deu é: tome cuidado com o que diz, faz ou espalha por aí. Uma coisa boba para você, o famigerado mimimi, pode ser destruidor e avassalador para outra pessoa. Seja gentil em cada ação, em cada palavra, não as use para ferir alguém, não as use para espalhar boatos falsos e ofensivos.


A segundo lição foi: empatia. Em toda a série eu me coloquei no lugar da Hannah, quisesse ou não, porque você sente as dores, você acompanha o caminho, você chora junto. Troque de lugar, pense, como seria para aquela pessoa ouvir ou sentir aquilo? Não olhe apenas para si mesmo, não esteja focado somente nos seus problemas pessoais. Pessoas estão por aí sangrando e, em alguns momentos, é pela falta de empatia que ignoramos as feridas abertas.

A terceira lição é: olhar e não fazer nada também é bullying. Agir como se não estivesse vendo e ouvindo não ajuda quem está sendo atacado, você pode até não se colocar no meio da briga e das ofensas, mas procure ajuda, leve isso ao conhecimento da direção, não feche os olhos para agressão.

A quarta dica é: ofereça ajuda. Ser cristão é amar como Jesus amou e demonstrar esse amor. É oferecer colo, ouvidos atentos, mãos ternas. Peça a Ele sabedoria e sensibilidade para ver se há alguém perto de você precisando de ajuda, elas precisam saber que não estão sozinhas, alguém morreu por amá-las. Seja amigo, seja casa, seja abraço, às vezes, isso é tudo o que se precisa no momento.

Enfim, há muito a ser dito, mas paro por aqui ou vou acabar escrevendo um livro inteiro ~rs~. Talvez depois eu faça um parte II ou quem sabe um vídeo sobre o assunto...

Meu pedido a você que assistiu a série é: não deixe essas lições caírem no esquecimento. O hype da série pode até passar, mas guarde esses ensinamentos e observe quem está ao seu redor. Vamos parar de olhar apenas o superficial, vamos ver além disso, conhecer, entender, gastar tempo em saber como alguém se sente. Talvez assim, possamos evitar que outras histórias tenham o mesmo final de Hannah.




Beijo beijo e muita empatia pra gente!

You Might Also Like

1 comentários

  1. Muito bom, Gabi. Não assisti a série e nem tinha interesse em ver, mas seu texto me estimulou a assisti-lá e refletir mais sobre as pessoas que estão ao meu redor.

    ResponderExcluir

Comenta aí! <3